quarta-feira, 5 de março de 2014

Eu e Eu Mesmo



Sobre mim, tenho muitas coisas a dizer, mas isso só quando for escrever um livro de autobiografia o que acho improvável, pois não tenho vocação para celebridade e tão pouco tenho a pretensão de ser merecedor de tal feito. Mas, posso adiantar que sou um apaixonado por coisas bem feitas. Admiro os que conseguem se superar naquilo que se propõe a fazer.
Gosto de ver pessoas conquistando seus sonhos, dando a volta por cima, se desvencilhando de suas limitações caindo e se levantando. Tenho pavor de invejosos e pessoas incapazes de lutar e que culpam os outros por suas mazelas. Não gosto de derrotados que aceitam a derrota e não tenta de novo. Fico longe de pessoas que buscam coisas fáceis, aproveitadores que não gostam de trabalhar e não se empenham em realizar coisas por seus próprios esforços.  Sou bastante emotivo e não tenho vergonha de chorar, contudo gosto de ver a vida com otimismo utilizando as lágrimas como combustível para lutar e vencer seja lá o que for. Sei que temos nossos momentos de fraqueza, pois somos humanos, mas a questão é o que fazemos com ela. Também cometemos erros, porém devemos saber como administrá-los e tirar proveito das lições que eles nos proporcionam.
Quando decidi deixar o corpo de Fuzileiros Navais para estudar teologia e me tornar um pastor creio que foi também pela forte influência familiar no que se refere à paixão por livros e pela busca por conhecimento, mas o que pesou mesmo e em primeiro lugar foi a vocação Divina plantada em meu coração para ajudar pessoas a encontrar  paz em Deus, saber enfrentar a vida e encontrar respostas para suas questões religiosas e humanas.
A teologia é fascinante. Em todos os tempos teólogos modernos e pós-modernos, filósofos, historiadores, teólogos fundamentalistas e outros pesquisadores mantiveram um grande embate sobre a questão se a teologia seria ou não uma ciência. Eu particularmente a tenho como ciência o que discutiremos em outra ocasião.
A paixão pela teologia talvez seja o que mais me define. Gosto de todos os teólogos       mesmo os mais polêmicos como Paul Johannes Oskar Tillich que foi um teólogo alemão-estadounidense, um filósofo cristão. Tillich foi contemporâneo de Karl Barth, um dos mais influentes teólogos protestantes do século XX. E também Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher foi pregador em Berlim na Igreja da Trindade e professor de Filosofia e Teologia em Halle an der Saale. Traduziu as obras de Platão para o alemão.
A teologia nos permite entrar no campo de varias ciências ampliando os horizontes do conhecimento, isso me fascina, pois gosto de buscar entendimento sobre o comportamento humano e seu relacionamento com Deus, com o seu semelhante, com os animais e consigo mesmo.
Quero convidá-lo para um café, uma boa conversa e para vários debates sobre Deus, a vida e a humanidade. Este blog e para compartilharmos o saber, trocar ideias, sugerir livros e leituras, socializar o conhecimento e encontrarmos tesouros em todos os campos seja da filosofia, psicologia, história e outros. O mundo é uma estrada feita para todos correrem ou simplesmente caminhar o importante é chegar ao destino e a pesquisa facilita muito.


Abraços!

Walter
Ideias, ideais e o sentido da vida


Somos humanos, lemos, ouvimos, aprendemos e aplicamos em nosso dia-a-dia tudo que se passa em nossos pensamentos. Um interessante estimulante de nossas ações são nossas ideias. Para Descartes, “Ideia é a forma de cada um de nossos pensamentos, por meio de cuja percepção imediata nós temos consciência desses mesmos pensamentos”. Em outras palavras podemos entender que as ideias surgem em meio aos nossos pensamentos Assim, temos ideias de tudo que está em nosso intelecto, inclusive das nossas próprias operações mentais, afecções ou vontades.
Quando pensei em montar um blog quis algo pratico, que me ajudasse a desenvolver melhor os meus pensamentos e aprimorar minhas ideias criativas sobre tudo na vida. Talvez por medo do tédio ou para me proteger de tantas frases feitas nas redes sociais ou ainda para obter melhores resultados nas escolhas e decisões corriqueiras efetivamente. É fato que precisamos de ideias novas a cada instante. Acredito que as ideias são como esteio para vida e para os ideais. As Ideias inatas, que são ideias que, nascidas conosco, são como que a marca do criador no ser criado à sua imagem e semelhança precisam ser desenvolvidas e confrontadas com outras para fortalecê-las. Nascemos trazendo em nossa inteligência não só os princípios racionais, mas também algumas ideias verdadeiras, que por isso, são ideias inatas. Segundo Leibniz elas são ideias sem uma experiência exterior, mas que o sujeito possui dentro de si. E ainda para Descartes são princípios gerados pelo pensamento mesmo sem alguma concorrência experimental. São ideias "universais" que possuímos sobre certas coisas sem um aprendizado direcionado, mas que intuímos o que se pode chamar pre-compreensão ou presciência.
            Estas ideias inatas, claras e distintas, não são inventadas por nós, mas produzidas pelo entendimento sem recurso à experiência. Elas subsistem no nosso ser, em algum lugar profundo da nossa mente, e somos nós que temos liberdade de pensá-las ou não. Acredito que muitos casos de tédio profundo ou, me arrisco a dizer, a própria depressão, são frutos da falta de ideias trabalhadas, repensadas e aplicadas na vida, o que causa o desvio e perda de ideais e de forma mais profunda a visualização do sentido da vida.
Em última análise o ser humano precisa de ideias para objetivar os ideais e entender o sentido de sua própria vida, dando rumo aos seus planos e sonhos. As ideias inatas também representam as essências verdadeiras, imutáveis e eternas, razão pela qual servem de fundamento a todo o saber científico. São ideias verdadeiras, ou seja, são inteiramente racionais e só podem existir porque já nascemos com elas. Mas, repito, elas não devem ficar sem uma boa autocrítica e sem comparação com outros tipos de ideias que criamos a partir de nossos pensamentos. Por isso os livros e as leituras em geral, sejam jornais, revistas ou qualquer periódico interessante.
Enquanto tomo um café quentinho e leio um bom livro deixo minhas ideias aflorarem sejam elas inatas ou criadas por pensamentos, frutos da visão e observação de fatos diários. Afinal qual o sentido da vida? Mesmo sendo esta uma pergunta complexa, precisamos ao menos compreendê-la sem necessariamente respondê-la. O que importa de verdade é não permitirmos que as ideias congelem ou estacionem na estrada das incertezas impedidas de voarem em busca de seus ideais.
Um forte abraço!
Walter Monteiro


terça-feira, 4 de março de 2014

Ed René Kivitz

Ed René Kivitz é teólogo, escritor e pastor. Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo. Seu livro Vivendo com propósitos, está na terceira edição, com mais de 30.000 cópias vendidas. Desde 1989 desenvolve seu ministério pastoral na Igreja Batista de água Branca, em São Paulo, Capital. Publicou também pela editora Mundo Cristão o livro Outra espiritualidade, já em sua 2ª edição. É casado com Silvia Regina, com quem tem dois filhos, Vitor e Fernanda.



A ação não surge do pensamento, mas de uma disposição para assumir responsabilidades.
                          Dietrich Bonhoeffer




"O teste de moralidade de uma sociedade, é o que ela faz com suas crianças."

                 Dietrich Bonhoeffer







Friedrich Schleiermacher




Schleiermacher é considerado o pai da hemenêutica moderna, para ele a tarefa da hermenêutica era “entender o discurso também como o autor, e depois melhor que ele”. Ele intentou apresentar uma teoria coerente sobre o processo de interpretação dos textos, apresentou a teoria da comunicação entre um emissor e um receptor, baseado em um contexto social e linguístico comum. Adicionou à teoria tradicional da interpretação uma dimensão psicológica.